O Evangelho
nos traz a melhor e maior notícia de todos os tempos: “A Palavra se fez carne e
veio morar no meio de nós”. Isto é, Deus veio ao nosso encontro por meio de
Jesus Cristo. A Carta aos Hebreus afirma: “Muitas vezes e de muitos modos falou
Deus outrora aos nossos pais, pelos Profetas, nestes dias, que são os últimos,
Ele nos falou por meio do Filho”. Jesus Cristo é a última palavra do Pai, a
revelação plena e definitiva.
São Lucas nos
mostra que os pastores foram os primeiros a receber a notícia do Anjo: “Eu vos
anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo! Hoje na cidade de Davi,
nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor!”
Os pastores
eram marginalizados, por causa da profissão que exerciam. Um pastor não podia
ser eleito a cargo de Juiz ou testemunha nos tribunais. Os pastores não só recebem
a comunicação da Boa Notícia, como também, são encarregados de transmiti-la a
todo o povo.
Jesus nasce
pobre e no meio dos pobres, na maior exclusão e abandono. Quando os pastores
são os primeiros a ouvir a mensagem do nascimento do Salvador, fica bem claro
para nós que o nosso Deus veio para todos, mas logo ao nascer Ele faz uma opção
pelos pobres e marginalizados.
Os pastores
são os primeiros que têm ouvidos atentos para acolher a Boa Nova. São os
primeiros que têm olhos abertos para ver naquela criança a fonte da salvação. E
porque viram e acolheram a Boa Notícia tornaram-se também os primeiros
missionários de Cristo. S.Lucas
escreve, logo depois: “Todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados
com aquilo que contavam”.
A experiência
dos pastores está aberta para todos nós, se formos simples e puros como eles.
Nós também, podemos enxergar a luz, nascer de novo, começar uma existência diferente. Mas é preciso que façamos a experiência
do encontro com Deus. Isto é possível, porque seu nome é Emanuel, Deus-conosco.
O Natal
precisa ser libertado daquele sentimentalismo feito de presentes vazios, velas
coloridas, árvores iluminadas e vitrines cheias de mercadorias. O Natal precisa
ser redescoberto como o grande nascimento da história da humanidade:
Nascimento do Filho de Deus em nós, na família,
na história...
Nascimento de todo cristão à paz e à alegria de
ser filho de Deus.
Nascimento da fraternidade entre todos os seres
humanos, filhos do mesmo Pai.
Os gestos de
solidariedade que acontecem neste tempo de Natal precisam acontecer o ano
inteiro. Assim como Deus optou pelos pobres e marginalizados, nós, também, precisamos
fazer esta mesma opção, a fim de construirmos um mundo mais humano, mais justo
e solidário.
O Natal é Deus
querendo entrar em comunhão conosco, não apenas no dia 25 de dezembro, mas em
cada novo dia, a fim de que entremos também em comunhão com Ele e com os nossos
irmãos e irmãs.
Desejo a você
e à sua família um Feliz Natal e um Novo Ano de muita Paz!
Pe.
Narcizo Pires Franco
Capelão
da Comunidade Sol de Deus
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