Geralmente em janeiro de cada ano
ouvimos por toda parte anúncios de vida nova, de um novo tempo, novas
esperanças, mas no fundo tudo fica igual, porque não há mudanças realmente
profundas e duradouras.
Para que aconteçam mudanças é
preciso saber que temos três inimigos do qual devemos vencer para ganhar a
batalha. Mas que batalha estamos inseridos? Sim estamos em uma guerra, onde
nossa alma está em jogo, e muitas vezes alheios a esta verdade passamos a vida
sorrateiramente, e quando demos conta tudo está um verdadeiro caos.
Nesta batalha o Primeiro inimigo
a combater somos nós mesmos, o segundo é o próprio mundo com suas seduções e
distrações e o terceiro o demônio.
Neste artigo vou ater-me ao
primeiro inimigo, nós mesmos.
Quando podemos dizer que nosso
próprio eu, se torna nosso inimigo?
Sou meu primeiro inimigo quando
prefiro mentir para mim mesmo, jogando a causa de meus sofrimentos no outro, ou
no passado, ou em alguma circunstância do presente. Não busco a verdade que é a
porta para qualquer libertação. Prefiro mentir para mim mesmo a olhar para a responsabilidade
em viver.
Então um ano realmente novo irá
acontecer em minha vida. O perdão refrigera a alma, limpa o olhar, me torna
mais parecida com Jesus. E desta forma o meu próprio eu deixa de ser meu
inimigo.
Existe um método excelente,
chamado oração de amorização, do Padre Alírio Pedrine. Ele usa de alguns recursos
da psicologia para tornar esta oração eficiente. Devemos em oração imaginar a
pessoa da qual precisamos perdoar (pai, mãe, avós, irmãos, amigos, etc.),
usando ainda da imaginação convido-a entrar onde estou (se estou em meu quarto,
por exemplo, imagino a pessoa entrando e se sentando), também uso desta
imaginação ativa para pensar em Jesus Cristo, que não está ali pela imaginação,
mas realmente, pois ele diz onde estiver reunidos em meu nome, ali estarei.
Falo com a pessoa que preciso perdoá-la, e então vou descrevendo as mágoas e
situações para ela, falo que a perdoo, mesmo que não sinto nada, preciso dizer,
também peço a esta pessoa perdão pelos meus erros. Então olho para Jesus e peço
que cure as feridas causadas pelas situações descritas e entrego cada ferida ao
Senhor. Depois olho para a pessoa e a elogio procurando nela coisas positivas
(é uma forma de refazer sua imagem destruída pela dor). Agradeço e louvo o Senhor para encerrar a
oração. Esta oração é uma pomada, que deve ser passada, ou rezada, até a ferida
fechar. Escolho uma pessoa de cada vez para amorizar.
Sou meu inimigo quando me torno o
maior empecilho para mudança de vida fechando-me nas feridas (fazendo delas um
tesouro) não permitindo a redenção de Jesus Cristo tocar minhas dores, não ouço
o Senhor bater a porta de meu coração para partilhar a vida em abundância.
Quando não perdôo acumulo mágoas, feridas, e sem perdão não há cura real e
profunda. Não é por acaso que Jesus ordenou que perdoássemos 70x 7, ou seja,
sempre, sempre que for necessário, por toda a vida.
Luciana Ferreira
Logoterapeuta e Membro da Comunidade Sol de Deus
Luciana Ferreira
Logoterapeuta e Membro da Comunidade Sol de Deus
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