Relatamos a seguir uma história verídica contada
pelo Arcebispo Fulton Sheen. Ele possuía uma eloquência natural e falava com o
poder do Espírito Santo. Dois meses antes de sua morte, em 1979, um jornalista
de uma TV americana perguntou-lhe: “Vossa Excelência inspirou milhões de
pessoas pelo mundo. Quem lhe serviu de inspiração?”. Ele respondeu: “Foi uma
pequena chinesa de dez anos”; e relatou a seguinte história: “Foi nos anos 50.
Uma garotinha chinesa, chamada “Li” tinha feito há pouco tempo a Primeira
Eucaristia. Nessa época a perseguição religiosa na China já era grande. Os
militares comunistas invadiam escolas e igrejas, arrancando os crucifixos,
maltratando e prendendo as pessoas, profanado os sacrários. Um dia eles invadiram
a escola de Li. Arrombaram o sacrário e jogaram as hóstias consagradas no chão,
aos gritos: “Agora vamos ver se Cristo sabe defender-se. Vejam o que eu faço
com Ele!”
“Padre Luc, das Missões Estrangeiras, escondidos
pelos paroquianos, presenciou tudo do coro da Igreja. Ele rezava e sofria por
não poder fazer nada. Se fosse descoberto, os paroquianos seriam presos por
traição. De repente, a porta da Igreja se abriu. Era a pequena Li. Conseguiu
enganar os guardas e entrou sem fazer barulho. Se fosse descoberta seria morta
imediatamente. Ela se aproximou do altar e se ajoelhou diante das Hóstias
espalhadas pelo chão. Com as mãos posta ela rezou, adorou em silêncio, como lhe
havia ensinado a Irmã Eufrasine. Permaneceu uma hora em adoração. Depois se
abaixou e apanhou, com a língua, uma das Hóstias Consagradas. Rezou um instante
e silenciosamente foi embora. Padre Luc se perguntava porque ela não havia
tomado todas as Hóstias de uma vez. Mas a Irmã Eufrasine lhe havia ensinado que
bastava uma Hóstia por dia. Assim, todas as manhãs, a pequena Li voltava à
Igreja e fazia a mesma coisa. Padre Luc sabia que eram 32 hóstias.
No 32º dia, ao amanhecer, Li conseguiu entrar na
Igreja e se aproximar do altar. Ajoelhou-se e rezou junto à última Hóstia. Mas,
o militar que estava de guarda acordou e disparou o revólver. Ouviu-se um bater
seco, seguido de uma grande gargalhada. Padre Luc julgou-a morta. Mas ela
conseguiu rastejar até a Hóstia e, com a língua, tomou-a do chão. Li comungou e
morreu. Havia conseguido salvar todas as Hóstias!
Fulton Sheen dizia: “O amor desta criança por Jesus
na Eucaristia me impressionou de tal modo que, quando conheci sua história, fiz
uma promessa: que em todos os dias de minha vida, até morrer, eu faria uma hora
de adoração diante do Santíssimo Sacramento”.
(Fonte: Revista Brasil Cristão 08/2009)
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