“A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi,
pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe” (Mt 9, 37 - 38). Podemos
dizer com certeza que existem muito mais vocações do que se imagina,
porque Deus é sempre generoso. Santo Afonso
Maria de Ligório e São João Bosco eram de opinião de que, em uma família, a
cada quatro filhos, ao menos um tem vocação. Mas em nossos dias, os pais se
contentam com um ou no máximo dois filhos. Quantos padres, religiosas ou
missionários poderiam existir se as famílias se abrissem à fecundidade?! Exemplo
disto: Santa Teresinha foi a nona filha. Santo
Inácio, o décimo primeiro. São Francisco Xavier, o décimo terceiro, e Santa
Catarina de Sena, a vigésima quarta! Se seus pais tivessem parado no
primeiro ou segundo filho, estes grandes santos não teriam chegado a nascer.
O Salmo 126 exalta assim a família numerosa: “Os
filhos são a bênção do Senhor, o fruto das
entranhas, sua dádiva. Como flechas que um guerreiro tem na mão, são os filhos
de um casal de esposos jovens. Feliz aquele pai que com tais flechas consegue
abastecer a sua aljava! Não será envergonhado ao enfrentar seus inimigos junto
às portas da cidade”.
O que Jesus afirmou sobre “Muitos são os chamados,
mas poucos os escolhidos” (Mt 22, 14), significa que, muitos são os que Deus
chama, mas poucos respondem, por isso, poucos se tornam ‘escolhidos’. Devemos
pedir muito ao Senhor que envie operários à messe, mas é preciso que as
famílias e os jovens abram o coração para responder favoravelmente ao chamado
de Deus.
Isso foi o que aconteceu em Lu Monferrato, um
pequeno vilarejo situado em uma região rural no norte da Itália, que teria
ficado desconhecido se em 1881 algumas mães de família não tivessem tomado uma
decisão que iria ter ‘grandes repercussões’. Sob a orientação do Monsenhor
Alessandro Canora, elas começaram a reunir-se semanalmente para Adoração ao
Santíssimo Sacramento, e rezar, pedindo a Deus vocações. Todos os primeiros
domingos do mês recebiam a Comunhão nessa intenção. “Graças à oração cheia de
confiança destas mães e à abertura de coração destes pais, as famílias vivam
num clima de paz, de serenidade e de alegre devoção que permitiu aos filhos
discernir com maior facilidade o seu chamado”.
Desta pequena cidadezinha, escondida entre as
montanhas italianas “emergiram 152 sacerdotes e religiosos e 171
religiosas, pertencentes a 41 diferentes Congregações. Em algumas famílias houve até três ou quatro vocações. O caso mais
conhecido foi o da família Rinaldi. Desta família, duas filhas tornaram-se
Irmãs Salesianas e cinco filhos tornaram-se sacerdotes Salesianos. O mais
conhecido deles foi Filippo Rinaldi, terceiro sucessor de Dom Bosco,
beatificado por João Paulo II em 1990”.
A cada 10 anos, as religiosas e os sacerdotes ainda
vivos se reuniam em Lu, vindos de todas as partes do mundo. Esta foto é única
na história da Igreja, mas nela estão apenas alguns dos 323 sacerdotes,
religiosos e religiosas da cidade, que se encontraram entre os dias 1º a 4 de
setembro de 1946.
A oração que as mães de Lu faziam era muito simples:
“Senhor, fazei que um dos meus filhos se torne sacerdote! Eu mesmo quero viver
como boa cristã e quero conduzir meus filhos ao bem para obter a graça de poder
oferecer a Vós, Senhor, um sacerdote santo. Amém!”
Fonte: www.clerus.org/clerus/dati/2008-01/24-13/Adoracao.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário