14 de agosto de 2012

O maravilhoso testemunho de Lu Monferrato



“A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe” (Mt 9, 37 - 38). Podemos dizer com certeza que existem muito mais vocações do que se imagina, porque Deus é sempre generoso. Santo Afonso Maria de Ligório e São João Bosco eram de opinião de que, em uma família, a cada quatro filhos, ao menos um tem vocação. Mas em nossos dias, os pais se contentam com um ou no máximo dois filhos. Quantos padres, religiosas ou missionários poderiam existir se as famílias se abrissem à fecundidade?! Exemplo disto: Santa Teresinha foi a nona filha. Santo Inácio, o décimo primeiro. São Francisco Xavier, o décimo terceiro, e Santa Catarina de Sena, a vigésima quarta! Se seus pais tivessem parado no primeiro ou segundo filho, estes grandes santos não teriam chegado a nascer.
O Salmo 126 exalta assim a família numerosa: “Os filhos são a bênção do Senhor, o fruto das entranhas, sua dádiva. Como flechas que um guerreiro tem na mão, são os filhos de um casal de esposos jovens. Feliz aquele pai que com tais flechas consegue abastecer a sua aljava! Não será envergonhado ao enfrentar seus inimigos junto às portas da cidade”.
O que Jesus afirmou sobre “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos” (Mt 22, 14), significa que, muitos são os que Deus chama, mas poucos respondem, por isso, poucos se tornam ‘escolhidos’. Devemos pedir muito ao Senhor que envie operários à messe, mas é preciso que as famílias e os jovens abram o coração para responder favoravelmente ao chamado de Deus.
Isso foi o que aconteceu em Lu Monferrato, um pequeno vilarejo situado em uma região rural no norte da Itália, que teria ficado desconhecido se em 1881 algumas mães de família não tivessem tomado uma decisão que iria ter ‘grandes repercussões’. Sob a orientação do Monsenhor Alessandro Canora, elas começaram a reunir-se semanalmente para Adoração ao Santíssimo Sacramento, e rezar, pedindo a Deus vocações. Todos os primeiros domingos do mês recebiam a Comunhão nessa intenção. “Graças à oração cheia de confiança destas mães e à abertura de coração destes pais, as famílias vivam num clima de paz, de serenidade e de alegre devoção que permitiu aos filhos discernir com maior facilidade o seu chamado”.
Desta pequena cidadezinha, escondida entre as montanhas italianas “emergiram 152 sacerdotes e religiosos e 171 religiosas, pertencentes a 41 diferentes Congregações. Em algumas famílias houve até três ou quatro vocações. O caso mais conhecido foi o da família Rinaldi. Desta família, duas filhas tornaram-se Irmãs Salesianas e cinco filhos tornaram-se sacerdotes Salesianos. O mais conhecido deles foi Filippo Rinaldi, terceiro sucessor de Dom Bosco, beatificado por João Paulo II em 1990”.
A cada 10 anos, as religiosas e os sacerdotes ainda vivos se reuniam em Lu, vindos de todas as partes do mundo. Esta foto é única na história da Igreja, mas nela estão apenas alguns dos 323 sacerdotes, religiosos e religiosas da cidade, que se encontraram entre os dias 1º a 4 de setembro de 1946.
A oração que as mães de Lu faziam era muito simples: “Senhor, fazei que um dos meus filhos se torne sacerdote! Eu mesmo quero viver como boa cristã e quero conduzir meus filhos ao bem para obter a graça de poder oferecer a Vós, Senhor, um sacerdote santo. Amém!”
Fonte: www.clerus.org/clerus/dati/2008-01/24-13/Adoracao.pdf

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