
" Antes de mais, imagino-vos reunidos nas catedrais de vossas dioceses,em volta de vossos respectivos ordinários, para renovar as vossas promessas sacerdotais. Este rito tão eloquente realiza-se depois da Consagração dos Santos óleos, nomeadamente o da Crisma , inserindo-se bem numa Celebração que evidencia a imagem da Igreja, povo sacerdotal santificado pelos sacramentos e enviado a difundir no mundo o suave aroma de Cristo Salvador.(cf. 2 Cor 2, 14-16).
Ao entardecer, vejo-vos entrar no Cenáculo para iniciar o Tríduo Pascal. É precisamente naquela "sala mobiliada no andar de cima"(Luc 22,12) que Jesus nos convida a retornar a cada quinta-feira Santa e onde mais me apraz encontrar-me convosco, amados irmãos no Sacerdócio...
"Não existe Eucaristia sem Sacerdócio, como não exite sacerdócio sem Eucaristia".
...Diante desta extraordinária realidade ficamos atônitos e abismados: como é grande a humildade condescendente com que Deus Se quis ligar ao homem! Se nos detemos comovidos diante do presépio contemplando a encarnação do Verbo, como exprimir o que se sente diante do Altar onde através das pobres mãos do sacerdotes, Cristo torna presente em Seu sacrifício... Só nos resta ajoelhar e em silêncio adorar este mistério supremo de fé.
Mistério da fé o da Eucaristia, mas, consequentemente, é-o também o próprio sacerdócio. O mesmo mistério de santificação e de amor, obra do Espírito Santo, pelo qual o pão e o vinho se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo, age na pessoa do ministro, no momento no momento da ordenação sacerdotal. Há portanto, uma reciprocidade que tem origem no Cenáculo: trata-se de dois sacramentos que nasceram juntos e cujas sortes estão indissoluvelmente ligadas até o fim do mundo."
Carta do Santo Padre João Paulo II aos Sacerdotes por ocasião da Quinta-Feira Santa - 2004
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