Na homilia feita durante o 4° Domingo da Quaresma em 2014, o Santo Padre destacou que,
no período quaresmal, a Igreja, em nome de Deus, renova o apelo à conversão. “É
um chamado a mudar de vida. Converter-se não é questão de momento ou de um
período do ano, mas é um compromisso que dura toda vida”.
“Quem pode
dizer que não é pecador?”, questionou o Santo Padre. E afirmou: “Todos nós
somos”.
Papa Francisco destacou dois elementos essenciais
na vida do cristão: Revestir-se do homem novo e permanecer no amor.
O Pontífice explicou que no batismo a pessoa é
revestida do homem novo, “criado segundo Deus” (Ef 4,24). “Essa vida nova
permite olhar a realidade com outros olhos, sem nos distrair com as coisas que
não são importantes e não duram. Por isso somos chamados a abandonar os
comportamentos pecaminosos e fixar o olhar sobre o essencial”.
Francisco recordou um trecho da Gaudium et
Spes que afirma: “o homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo
que tem” e ressaltou que essa é a diferença entre a vida deformada pelo pecado
e a vida iluminada pela graça.
“Do coração
do homem, renovado por Deus, provêm os bons comportamentos: falar sempre com
verdade e evitar sempre qualquer mentira; não roubar, mas compartilhar aquilo
que possui com os outros, principalmente com quem passa necessidade; não ceder
à ira, ao rancor e à vingança, mas ser manso, magnânimo e pronto ao perdão, não
ceder à maledicência que corrói a boa fama das pessoas, mas olhar sempre o lado
positivo de todos”, disse.
Sobre permanecer no amor, o Santo Padre destacou
que o amor de Jesus Cristo dura para sempre porque é próprio da vida de Deus.
“O nosso Pai nunca se cansa de amar e seus olhos
não se cansam de olhar para a estrada de casa para ver se o filho que se foi e
se perdeu, está retornando. E esse pai não se cansa nem mesmo de amar o outro
filho que, mesmo permanecendo sempre em casa com ele, não é participante de sua
misericórdia, de sua compaixão”, explicou o Papa.
O Santo Padre destacou que Deus não é somente a
origem do amor, mas, em Jesus Cristo, chama os fiéis a imitarem Seu próprio
modo de amar.
“Na medida em que os cristãos vivem este amor,
tornam-se no mundo discípulos de credibilidade de Cristo. O amor não pode
suportar permanecer fechado em si mesmo. Por sua própria natureza é aberto,
difunde-se e é fecundo, gera sempre novo amor”, disse.
Após a homilia, um momento de silêncio e reflexão
tomou conta da Basílica. Logo após, os sacerdotes confessores dirigiram-se aos
confessionários para atender os presentes. Enquanto isso, o Papa deu
continuidade à celebração com um momento penitencial com os fiéis.
Em seguida, o Santo Padre dirigiu-se a um dos
confessionários para atender alguns dos fiéis, porém, antes quis confessar-se
também.
Ao término da Celebração, Francisco agradeceu a
Deus pelo Seu perdão, e pela bondade e doçura do Seu amor, que muitos puderem
sentir no sacramento da confissão.
Após um momento de oração, o Santo Padre concluiu
com a bênção apostólica.
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