Estamos
aproximando da Festa de Corpus Christi. Para os católicos não é feriado, mas um
Dia Santo, onde a Igreja instituiu este momento de graças, para honrar e
venerar O Corpo e Sangue De Nosso Senhor. Esta festa foi criada a partir de um
milagre Eucarístico. Vale à pena pesquisar e conhecer os vários milagres
eucarísticos, principalmente o de Lanciano.
Por isto resolvi partilhar com vocês, algumas
preciosidades encontradas num pequeno livro de Dom Athanasius Shneider “
Dominus Est! É o Senhor! O dom inestimável da Sagrada Comunhão”. Editora
Raboni.
Dom Athanasius cita neste livro que “consciente da
grandeza e importância do momento da Sagrada Comunhão, a Igreja, na sua
bimilenar tradição, procurou encontrar uma expressão ritual que pudesse
testemunhar do modo mais perfeito possível sua fé, seu amor e seu respeito.
Isto se verificou quando, no sulco de um desenvolvimento orgânico, a partir ao
menos do século VI, a Igreja começou a adotar a modalidade de distribuir as
sagradas espécies eucarísticas diretamente na boca. Assim testemunham a
biografia do papa Gregório Magno (pontífice nos anos 590- 604) e uma indicação
do mesmo papa.” Dom Athanasius descreve ao longo da história da Igreja, a
prática de receber a Santa Comunhão diretamente na boca.
Mas o que acontece atualmente nas Igrejas? Quantas
pessoas pegam o corpo de Cristo, mergulham no sangue, às vezes até movimentam a
hóstia no sangue, como se faz, por exemplo, com uma bolacha em uma xícara de
chá, e levam a boca, já andando, sem ao menos colocar a mão debaixo da hóstia
embebida do sangue. Quantas gotas do Sangue Preciosíssimo de Nosso Senhor, é
derramado no chão de nossas Igrejas, sendo pisado pelos nossos pés, quando pior
ainda, sendo lambido pelos cães que ali entram. Fico imaginando esta terrível
realidade, e vendo o quanto todos nós temos participação neste horrível
sacrilégio.
Neste mesmo livro citado acima, Dom Athanasius, diz
que “falando da comunhão na mão, é necessário reconhecer que se trata de uma
prática introduzida abusivamente e as pressas em alguns ambientes da Igreja
imediatamente depois do Concílio, alterando a secular prática anterior e
transformando-se em seguida em prática regular para toda a Igreja.
Justificava-se tal mudança dizendo que refletia melhor o Evangelho ou a prática
antiga da Igreja. È verdade que se recebe na língua, pode-se receber também na
mão, uma vez que estes órgãos do corpo são iguais em dignidade. Mas ele diz que
quaisquer que sejam as razões para sustentar esta prática não podemos ignorar o
que acontece, mundo afora. ESTE GESTO CONTRIBUI PARA UM GRADUAL E CRESCENTE
ENFRAQUECIMENTO DA ATITUDE DE REVERÊNCIA PARA COM AS SAGRADAS ESPÉCIES
EUCARÍSTICAS. Esta prática proporciona uma alarmante falta de recolhimento e um
espírito de distração geral. Atualmente se veem pessoas que comungam e frequentemente
voltam aos seus lugares como se nada de extraordinário tivesse acontecido... Há
depois abusos de quem leva para fora as sagradas espécies, para tê-las como
recordação, de quem as vende ou pior ainda, de quem as leva para profanar em
ritos satânicos. Tais situações já foram devidamente postas em relevo. Mesmo
nas grandes concelebrações, também em Roma, várias vezes foram encontradas
espécies sagradas caídas por terra.”
“A Igreja prescreve o uso da patena da Comunhão
para evitar que algum fragmento da hóstia sagrada caia no chão (cf.Missal
Romano, Instrução geral, n.118; Redemptionis Sacramentum, n.93) e que o bispo
lave as mãos após a distribuição da Comunhão ( cf. Cerimonial dos bispos,
n.166). No caso da distribuição da Comunhão na mão acontece, porém, não
raramente, uma separação dos fragmentos da hóstia, os quais caem ao chão ou
ficam pegados à palma e aos dedos da mão dos comungantes...
...O deixar-se alimentar como uma criança,
recebendo a Comunhão diretamente na boca, exprime ritualmente, do melhor modo,
o caráter da receptividade e do ser criança diante de Cristo que nos nutre e
que nos “ aleita” espiritualmente. O adulto, ao contrário, leva por si mesmo o
alimento com seus dedos à boca....
...O gesto de receber o Corpo do Senhor na boca e
ajoelhado poderia ser um testemunho visível da fé da Igreja no mistério
eucarístico, e também um fator sanativo e educativo para a cultura moderna,
para a qual o ajoelhar-se e a infância espiritual são fenômenos completamente
estranhos...
...O desejo de prestar à sublime Pessoa de
Cristo, também no momento da Sagrada Comunhão, de modo visível, o afeto e a
honra deveriam adequar-se ao espírito a ao exemplo da bimilenar tradição da
Igreja: Cum amore AC timore - com amor e temor...
...Queira Deus que o Pastores da Igreja possam
renovar a Casa de Deus, que é a Igreja, colocando Jesus eucarístico no centro,
dando-lhe o primeiro lugar, fazendo com que Ele receba gestos de honra e de
adoração também no momento da Sagrada Comunhão....
...A Igreja deve ser reformada a partir da
Eucaristia – Ecclesia ab Eucharistia emendanda est! NA HÓSTIA
SAGRADA NÃO EXISTE ALGUMA COISA, MAS ALGUÉM. ELE ESTÁ AÍ. – sintetizou São João
Maria Vianney, o santo Cura d`Ars – O mistério Eucarístico, uma vez que se
trata de nada mais e de ninguém maior do que o próprio Senhor.
Luciana Aparecida Vieira Ferreira
Psicóloga Logoterapeuta
Membro de Aliança da Sol de Deus
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