6 de maio de 2014

"Eis nossa Mãe"




            A tradição da Igreja ensina-nos que seus pais, Joaquim e Ana, eram de nacionalidade judaica, povo escolhido por Deus para conservar na Terra o depósito da verdadeira religião e que daria ao mundo o Redentor Prometido.
            Eram descendentes da tribo de Judá, da família real de Davi. Levavam uma vida simples e velada. E segundo a tradição viviam alternadamente em Nazaré e Jerusalém.
            Os historiadores não estão certos a respeito do lugar onde ela nasceu. As cidades de Jerusalém e Nazaré disputam esta honra.
             Seu nome na língua Siríaca, mais usada naquele tempo na Palestina, quer dizer "Senhora". Na língua hebraica é  "Estrela do Mar", muito próprio também, pois ilumina aqueles em que ainda não reina o "Sol da justiça".
             Mas é no evangelho de Lucas que o mensageiro de Deus, Arcanjo Gabriel, chama: "A Cheia de Graça".
             Foi  remida com o Preciosíssimo Sangue de Jesus, com a Redenção que denominam os teólogos de "preservação”, muito mais sublime que a nossa, que é pela libertação.
             Por um privilégio singular, pelos méritos de seu Filho, desde o primeiro instante de sua existência foi absolutamente pura e santa, preservada do pecado original.
Afirmam assim vários teólogos: "convinha para a Mãe de Cristo tal condição, Deus podia, queria e a fez Imaculada." Para o beato Giovanni Duns Scoto , a Imaculada Conceição não é uma exceção à redenção de Cristo, mas um caso de perfeita e mais eficaz ação salvadora do Único Mediador. "A obra de arte da Redenção realizada por Cristo." 
           Assim, como num governo são concedidos certos cargos de confiança, a Ela foi dado este nobilíssimo lugar. E Deus, como o Notável e Justíssimo Governante, todas as vezes que chama alguém para uma missão, concede a este graças necessárias para exercê-la  de maneira santa.
    "Foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função." CIC 409
      Seu espírito não era dividido entre o quer o bem e o mal; sempre fez sua opção consciente pela vontade de Deus.
        Atesta-nos as Sagradas Escrituras  que foi Imaculada desde a sua concepção. O texto de Gên:3,15  nos diz  que a mulher esmagaria a cabeça da serpente e que seria sua inimiga irrevogável. Não seria completa a vitória, nem a inimizade irreconciliável se fosse ela, por um momento, amiga e escrava do mal.
       O bom Deus que  tudo fez com amor e por amor, que em tudo é tão zeloso, demonstrando ser cuidadoso até na construção do Seu templo material  (I Rei:6), muito mais o seria ao construir um templo vivo para si; muito mais digno o desejaria, não permitindo  que fosse invadido pela imperfeição do pecado.
     "A santidade do Filho é causa de sua santificação antecipada, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte” assim expresso admirado seu devoto filho, cardeal Suenens.
     Quem  é  esta formosa e brilhante Aurora, Augusta Senhora dos Anjos, predileta Filha de Sião?
     É a causa da nossa alegria, Mãe de Deus e nossa Mãe, a doce e sempre Virgem "Maria.”

Leila Pereira Mauad
                              

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