A tradição da Igreja ensina-nos que seus pais,
Joaquim e Ana, eram de nacionalidade judaica, povo escolhido por Deus para
conservar na Terra o depósito da verdadeira religião e que daria ao mundo o
Redentor Prometido.
Eram descendentes da tribo de Judá, da família real de Davi. Levavam uma vida
simples e velada. E segundo a tradição viviam alternadamente em Nazaré e
Jerusalém.
Os historiadores não estão certos a respeito do lugar onde ela nasceu. As
cidades de Jerusalém e Nazaré disputam esta honra.
Seu nome na língua Siríaca, mais usada naquele tempo na Palestina, quer
dizer "Senhora". Na língua hebraica é "Estrela do
Mar", muito próprio também, pois ilumina aqueles em que ainda não reina o
"Sol da justiça".
Mas é no evangelho de Lucas que o mensageiro de Deus, Arcanjo Gabriel, chama:
"A Cheia de Graça".
Foi remida com o Preciosíssimo Sangue de Jesus, com a
Redenção que denominam os teólogos de "preservação”, muito mais sublime
que a nossa, que é pela libertação.
Por um privilégio singular, pelos méritos de seu Filho, desde o primeiro
instante de sua existência foi absolutamente pura e santa, preservada do pecado
original.
Afirmam assim vários
teólogos: "convinha para a Mãe de Cristo tal condição, Deus
podia, queria e a fez Imaculada." Para o beato Giovanni Duns Scoto , a
Imaculada Conceição não é uma exceção à redenção de Cristo, mas um caso de perfeita
e mais eficaz ação salvadora do Único Mediador. "A obra de arte da
Redenção realizada por Cristo."
Assim, como num governo são
concedidos certos cargos de confiança, a Ela foi dado este nobilíssimo lugar. E
Deus, como o Notável e Justíssimo Governante, todas as vezes que chama alguém
para uma missão, concede a este graças necessárias para exercê-la de
maneira santa.
"Foi
enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função." CIC 409
Seu
espírito não era dividido entre o quer o bem e o mal; sempre fez sua opção
consciente pela vontade de Deus.
Atesta-nos as Sagradas Escrituras que foi Imaculada desde a sua
concepção. O texto de Gên:3,15 nos diz que a mulher esmagaria a
cabeça da serpente e que seria sua inimiga irrevogável. Não seria completa a
vitória, nem a inimizade irreconciliável se fosse ela, por um momento, amiga e
escrava do mal.
O bom Deus que tudo fez com amor e por amor, que em
tudo é tão zeloso, demonstrando ser cuidadoso até na construção do Seu templo
material (I Rei:6), muito mais o seria
ao construir um templo vivo para si; muito mais digno o desejaria, não
permitindo que fosse invadido pela imperfeição do pecado.
"A santidade do Filho é causa de sua santificação antecipada, como o sol ilumina
o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte” assim expresso admirado seu
devoto filho, cardeal Suenens.
Quem
é esta formosa e brilhante Aurora, Augusta Senhora dos Anjos, predileta
Filha de Sião?
É a causa da nossa alegria, Mãe de Deus e nossa Mãe, a doce e sempre Virgem
"Maria.”
Leila Pereira Mauad
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