“Deus é amor” IJo 4-8.
É o Amor em pessoa.
O Papa João Paulo II em sua encíclica “Deus Rico em
Misericórdia”, já na primeira página resume o que vai dizer: o motivo principal
da vida e morte de Jesus Cristo era mostrar a face misericordiosa de Seu Pai e
Nosso Pai.
Podemos achar,
nesta afirmativa, certa dificuldade, porque sabemos que em primeiro lugar Jesus
veio para nos salvar. Mas não podemos esquecer que Ele é verdadeiro Deus e por
isso menor ato humano teria valor infinito capaz de remir-nos.
Jesus, porém veio
para fazer a vontade do Pai, percorrer de aldeia em aldeia, sentar-se à mesa
com os pecadores, olhar em cada rosto, tocar cada coração... Justamente para
nos convencer a verdadeira face misericordiosa do Pai.
Será que já nos
convencemos desta verdade?
A própria Palavra
do Pai, que efeito exerce sobre nós?
Recitamos tantas
vezes o Pai Nosso, que nos acostumamos; e esta palavra já não surte efeito
sobre o nosso relacionamento com Deus.
Achamos que Pai
é mais um nome que Deus tem. E isto é
errado. Jesus, quando nos ensinou a chamarmos Deus de Pai, Ele nos revelou o
mais profundo conhecimento que poderíamos ter de Deus. E isto foi um choque para
os judeus. Porque para eles, Deus era onipotente, o inatingível, o
transcendental... Seu nome só podia ser pronunciado uma vez por ano pelo
sacerdote. Imagine agora, chega Jesus e diz que este Deus tão glorioso está bem
perto, tão intimamente ligado a nós que deveríamos chamá-Lo como uma criança
chama seu pai de papai, porque foi esta a expressão em aramaico que Jesus usou:
“Abba”, papai.
E, com uma
pedagogia divina, Ele foi nos mostrando o Amor Misericordioso de Deus de
diversas formas, em atos e em Suas pregações. Nas parábolas revela-nos o Deus
que é capaz de virar o Céu e a Terra para nos encontrar (Lc 15-8,10), o Deus
que deixa o Céu, Sua divindade, Seu trono de glória e vem atrás da ovelha
perdida, e quando encontrara faz festa (Luc 15-3,7)
Este Pai Deus que
para Ele perdoar é sempre motivo de festa e de grande alegria. Coração que
transborda, vai além, sempre além do que se pode imaginar. A Misericórdia do
Coração do Pai que Jesus revela é assim, não faz cálculo de seus gastos, mas
vai além, sempre além de todas as expectativas.
Meu irmão, minha
irmã, creia. Deus ama você com amor misericordioso, inigualável. Mesmo que vocÊ
esteja longe Dele, Ele lhe oferece a paz, mesmo que você resista à ela, Ele não
fica medindo o que lhe deve dar.
Mas está sempre à
porta do seu coração, esperando que você abra para que Ele possa entrar e ceiar
com você (Apo 3-20).
Nosso Pai Deus é
assim, festeiro, sempre alegre, vive a transbordar.
Quando nos
convencermos deste Amor Misericordioso do nosso Pai desejaremos cantar, como o
rei Davi cantou no salmo 22: “Transborda minha taça”.
Que nesta Páscoa
a alegria da Salvação encha a taça do
nosso coração de júbilo porque cremos na bondade de um Deus apaixonado por nós.
E que da taça do
nosso coração o mundo possa experimentar o vinho novo: “A Misericórdia”.
Porque somos
filhos do Pai das Misericórdias.
Leila Mauad
Fundadora
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