Santa Clara, nasceu em Assis, na Itália, filha de pais ricos e piedosos. O nome
de Clara foi-lhe dado em virtude de uma
voz misteriosa que a mãe Hortulana ouviu, quando, antes de dar à luz a filha,
fazia fervorosas orações diante de um crucifixo. “Nada temas! – disse aquela voz – o fruto de teu ventre será um grande
lume, que iluminará o mundo todo”.
Desde pequena, Clara era em tudo
bem diferente das companheiras. Quando
meninas dessa idade costumam achar agrado nos brinquedos e bem cedo revelam
também qualidades pouco
apreciáveis, Clara fazia exceção à
regra. O seu prazer era rezar, fazer
caridade e penitência. Aborrecia a vaidade e as
exibições e tinha aversão
declarada aos divertimentos profanos. Vivia naquele tempo o grande Patriarca de Assis: São
Francisco. A este se dirigiu Santa Clara, comunicando-lhe o grande desejo que
tinha de abandonar o mundo, fazer o voto de castidade e levar uma vida da mais perfeita pobreza. São
Francisco reconheceu em Clara uma eleita
de Deus e animou-a a persistir
nas piedosas aspirações. Na
prática da penitência e
mortificação, Clara era de tanto
rigor, que seu exemplo podia servir mais
de admiração do que de imitação.
Severíssima para consigo, era inexcedível na caridade para com o próximo. Seu maior prazer era servir aos enfermos. Uma das virtudes que
se lhe observava, era o grande amor ao Santíssimo Sacramento.
Horas inteiras do dia e da noite,
passava nos degraus do altar. O SS. Sacramento era seu refúgio, em todos os
perigos e dificuldades. Foi visivelmente
a devoção de Santa Clara à Jesus
Sacramentado, que salvara o convento e
a cidade, do assalto do inimigo.
Clara contava sessenta anos, dos quais
passara 28 anos
sofrendo grandes enfermidades.
Por maiores que lhe fossem as dores,
nenhuma queixa lhe saía da boca. Na
meditação da sagrada Paixão e Morte de
Nosso Senhor achava o maior alívio... Santa
Clara morreu em 12 de agosto de 1253, mais em conseqüência do amor divino, do que
da doença que a martirizava. Foi em
atenção aos grandes e numerosos milagres
que se lhe observaram no túmulo, que o Papa Alexandre IX, dois anos
depois, a canonizou. Festa litúrgica é comemorada em 11 de
agosto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário