23 de dezembro de 2011

No Presépio - parte II

SENTIDO DIVINO DO CAMINHAR TERRRENO DE  JESUS


 Ao falar diante do presépio, sempre procurei ver Cristo Nosso Senhor desta maneira, envolto em paninhos, sobre a palha de uma mangedoura ; e, enquanto ainda é Menino e não diz nada, vê-lo já como Doutor, como Mestre. Preciso considerá-lo assim, porque tenho que aprender d'Ele. E, para aprender d'Ele, é necessário conhecer a Sua vida: ler o Santo Evangelho, meditar no sentido divino do caminhar terreno de Jesus.

 Na verdade, temos que reproduzir a nossa vida a vida de Cristo à força de ler a Sagrada Escritura e de a meditar, à força de fazer oração, como agora estamos fazendo diante do Presépio. É preciso entender as lições que nos dá Jesus já desde Menino, desde recém-nascido, desde que seus olhos se abriram para esta bendita terra dos homens.

Jesus , crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que a existência humana, a vida comum e de cada dia, tem um sentido divino.Por muito que tenhamos considerado estas verdades, devemos encher-nos sempre de admiração ao pensar nos trinta anos de obscuridade que constituem a maior parte da vida de Jesus entre seus irmãos, os homens. Anos de sombra , mas para nós, claros como a luz do sol. Mais: resplendor que ilumina nossos dias e que lhe dá uma autêntica projeção, pois somos cristãos comuns, com uma vida vulgar, igual à de tantos milhões de pessoas nos mais diversos lugares do mundo.

Assim viveu Jesus durante [seus anos]: era fabri filius, o filho do carpinteiro. Virão depois os três anos de vida pública, com o clamor das multidões. E as pessoas surpreenderam-se: Quem é este? Onde aprendeu tantas coisas? Pois a Sua vida tinha sido a vida comum do povo da Sua terra. Era o faber, filius Mariae, o carpinteiro filho de Maria. E era Deus: e estava realizando a redenção do gênero humano;  e estava a atrair a Si todas as coisas.

(das homilias de São Josemaría Escrivá)

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