20 de outubro de 2011

Outubro, mês do Santo Rosário

Dentre as práticas de devoção a Nossa Senhora, destaca-se a oração do Rosário, que recebeu a aprovação e recomendação de nada menos que quarenta e sete papas. Muitos Santos, como São Luís Maria Grignion de Montfort, São Francisco de Sales, Santo Afonso Maria de Ligório, Santo Antônio Maria Claret, Os Papas São Pio V e São Pio X e inúmeros outros santos, rezavam o Rosário diariamente. O Papa Pio XI aproveitava todas as ocasiões para recomendar a oração do Rosário e ele próprio dava o exemplo rezando o Rosário inteiro todos os dias. Em certa ocasião disse: "E se o Papa não recitar o Rosário, não reza (...) o dia do Papa não acabou enquanto não rezou o seu Rosário" (Pio XI, Sobre o Rosário de Nossa Senhora, Documentos Pontifícios, Editora Vozes, Petrópolis, RJ, 1950, p.2).

A maioria dos historiadores afirmam que o Rosário teve origem no século IX, na Irlanda. Na Idade Média, São Domingos, inspirado por Nossa Senhora, e com o Seu poderoso auxílio, foi o grande pregador do Rosário, a grande arma no combate contra a heresia albigense. Os dominicanos tornaram popular os pensamentos próprio para cada Ave-Maria. No Rosário Bíblico, inspirado na forma dominicana do Rosário, dos 150 pensamentos, um para cada Ave-Maria, 147 são extraídos da Sagrada Escritura.

No século XV, essa forma de rezar o Rosário, que teve grande sucesso na Idade Média, foi aos poucos sendo abandonada enquanto o mundo entrava na Renascença. Segundo Palmer, no vilarejo chamado Schorocken, na Áustria, o povoado ainda hoje se reúne para rezar o Rosário da maneira como se fazia na Idade Média com um pensamento para cada Ave-Maria.

Na encíclica Ingravescentibus Malis (Aos males cada vez mais graves), publicada a 29 de setembro de 1937, o Papa Pio XI diz: "Entre as diversas orações públicas, que dirigimos frutuosamente à Virgem Mãe de Deus, o Rosário de Maria ocupa um lugar particular e principal. Esta oração, que alguns apelidaram de 'Saltério da Virgem' ou 'Breviário do Evangelho e da vida cristã', foi descrita e recomendada pelo Nosso Predecessor, de feliz memória, Leão XIII, nestes entusiásticos termos: 'É admirável esta coroa, tecida pela saudação angélica, em que se engasta a Oração Dominical e a que se junta a obrigação da meditação interior; é uma excelente maneira de orar (...) e sumamente frutuosa para obter a vida eterna'. E isto depreende-se daquelas mesmas flores com que é formada esta coroa mística. Que preces, com efeito, podemos encontrar mais próprias e mais santas?" (Pio XI, op. cit., p. 6).

A própria Mãe de Deus em Suas aparições tem insistido na oração do Rosário. No dia 9 de outubro de 1857, às 4 horas, a Santíssima Virgem repetiu a Santo Antônio Maria Claret, o que já lhe havia dito outras vezes: "Antônio continua pregando sem cessar a devoção do Meu Rosário, porque no Rosário está cifrado a salvação de tua pátria (...)" (Pe. João Echeverria, C.M.F. Santo Antônio Maria Claret, p. 264-265).

O Papa Pio XII, falando sobre a importância do Rosário disse: "Em Lourdes, como em Pompeia, Maria quis demostrar, com inúmeras graças, quando Lhe é grata esta oração, à qual convidava a sua confidente Santa Bernadete, acompanhando as 'Ave-Marias' da menina, com o lento deslizar do seu belo Rosário." ("Di Gran Cuore", 16 de outubro de 1940; Documentos Pontifícios, n 56, Sobre o Rosário de Nossa Senhora, Editora Vozes Ltda, Pretrópolis, RJ, 1950, p.20).

São Luís Maria Grignon de Montfort, em seu livro "O Segrede do Rosário", cita a seguinte revelação de Nossa Senhora ao Bem-aventurado Alan de la Roche:

"Depois do Santo Sacrifício da Missa, não há nada na Igreja que Eu amo tanto como o Rosário" (Saint Louis Mary de Montfort, The Secret of the Rosary, Montfort Publicantions, Bay Shore, N.Y., USA, 1967, p.120).

Também nas aparições em Fátima, 1917, a Virgem Santíssima insistiu na devoção ao Rosário e ao Seu Imaculado Coração, tendo na aparição do dia 13 de outubro de 1917 se apresentado como a Virgem do Rosário. Na devoção reparadora dos cinco primeiros sábados, além do Terço meditado, deve-se confessar e comungar em desagravo ao Imaculado Coração de Maria, mostrando que a devoção do Terço vai unida à devoção eucarística. A verdadeira devoção à Santíssima Virgem aumenta o amor do devoto a Nosso Senhor Jesus Cristo, como ensina São Luís Grignon de Montfort em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Quanto maior for nosso amor à Virgem do Rosário, maior será nosso amor a Jesus Eucarístico.

O Papa Pio XII, falando sobre as aparições da Santíssima Virgem em Lourdes nos diz que: "Tudo em Maria nos leva para Seu Filho, único Salvador, na previsão de cujos méritos Ela foi imaculada e cheia de graças; tudo em Maria nos leva ao louvor da adorável Trindade, e bem-aventurada foi Bernadete desfiando o seu terço diante da gruta, e dos lábios e do olhar da Virgem Santa aprendendo a dar glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santos!" (Pio XII, Sobre as Aparições de SS. Virgem em Lourdes, Documentos Pontifícios, Editora Vozes Ltda, Petrópolis, RJ, 1957). Ele cita as palavras de seu santo antecessor, o Papa São Pio X: "A glória única do Santuário de Lourdes reside no fato de nele serem os povos atraídos de toda parte, por Maria, à adoração de Cristo Jesus no Augusto Sacramento, de sorte que aquele Santuário, ao mesmo tempo centro de culto marial e trono de mistério eucarístico, excede em glória, ao que parece, todos os outros no orbe católico" (Breve de 25 de abril de 1911: Arch. Brev. Ap., Pio X, an. 1911, Div. Lib. IX, pars I, f.337).

A Ir. Lúcia, vidente de Fátima, afirma que a oração do Terço é, depois da Sagrada Liturgia Eucarística, a que mais nos trás ao espírito dos mistérios da fé, da esperança e da caridade, virtudes sem as quais ninguém é salvo (Irmã Lúcia, O Segredo de Fátima, Edições Loyola, 10.a edição, 1997, p. 189-191).

Os Papas Leão XIII e Pio XI enfatizaram a importância do Rosário como poderosíssimo meio de fortalecimento das virtudes teologais da fé, esperança e caridade.

O Bem-aventurado Mons. Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador da Opus Dei, diz: "A recitação do Santo Rosário, com a consideração dos mistérios, a repetição do Pai-Nosso e da Ave-Maria, os louvores à Beatíssima Trindade e a constante invocação à Mãe de Deus, é um contínuo ato de fé, de esperança e de amor, de adoração e reparação" (Josemaría Escrivá, Santo Rosário, 1976, p. 9).

Fonte: http://nossasenhora.carissimus.com/Sro/SobreORosario.htm

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