A oração é a
grande força de quem confia em Deus. O cristão sabe que pode entregar a Deus
suas dificuldades e, sobretudo, pode contar com o auxílio divino na difícil
tarefa da própria conversão. Aproveito esta oportunidade para ensinar uma oração
para ser feita todos os dias com fé e confiança: “Dai-nos, Senhor, a graça da
conversão diária!” Mas não se esqueça, juntamente com a súplica devemos nos
empenhar com todas as forças para que sejamos melhores em cada novo dia.
Precisamos ser
perseverantes em nossa oração como nos ensina Jesus: “Peçam, e lhes será dado.
Procurem, e encontrarão. Batam, e lhes será aberto. Pois todo aquele que pede,
recebe, e a quem bate se abrirá.” (Mt 7, 7-12).
Já encontrei
muita gente brigando com Deus: “Peço, peço, suplico, e Deus não me atende!”
Somos tão exigentes com Deus, não é verdade? Quando pedimos já queremos para
ontem. Quem somos nós para “exigir” que Deus faça o que queremos? Qual é o
ensinamento de Jesus? Somos nós que devemos fazer sempre a vontade do Pai. No
horto das Oliveiras, um pouco antes de ser preso, seu sofrimento foi tão grande
que chegou a suar sangue. E Ele rezou assim: “Pai, se queres, afasta de Mim
este cálice. Mas não seja feita a Minha vontade, e sim a Tua.” (Lc 22, 42).
Por isso, podemos
apresentar sempre nossas súplicas ao Pai, que é cheio de bondade e misericórdia
para conosco. Porém, nunca deixemos de concluir a nossa súplica como o Mestre
nos ensinou: “Contudo, não seja feita a minha vontade, e sim a Tua”.
São várias a
modalidades de oração. Sobretudo, quando fazemos a leitura orante da Bíblia,
devemos, antes de tudo, pedir o perdão a Deus pela Sua Palavra não vivida. Em
uma segunda etapa, somos chamados a louvar e agradecer a Deus pelas maravilhas
que Ele já realizou e continua realizando em nós. E em uma terceira etapa
apresentar a nossa súplica, não deixando de pedir o dom maior da ressurreição,
o Espírito Santo.
A oração para mim
é uma necessidade ou peso? A oração em nossa vida diária deverá ser sempre uma
necessidade e jamais um pesado fardo! Olhemos para Jesus, como Ele gostava de
rezar! Chegava a passar uma “noite inteira em oração” (Lc 6, 12). Algumas
vezes, levantava-se de madrugada, quando ainda estava escuro, e colocava-se em
atitude de oração ao Pai; outras vezes retirava-se para os montes ou lugares
desertos e aí rezava, colocava-Se em diálogo com o Pai. (Lc 4, 42; Mc 6, 46).
Jesus rezou
sempre não só para nos dar o exemplo, mas como verdadeiro homem, sem deixar de
ser verdadeiro Deus, Ele sentia a necessidade de rezar, de entrar em constante
diálogo com o Pai, para fazer plenamente a sua vontade e realizar a Sua obra.
Aprendemos de
Jesus e com Ele a rezar sempre, a dialogar constantemente com o Pai, pois, como
seus filhos e suas criaturas somos totalmente dependente d'Ele, como um vaso de
barro depende do oleiro para existir. Recorramos sempre a Deus através da nossa
humilde prece, pois sem Ele nada podemos fazer. Santo Agostinho dizia: “Nosso
coração estará sempre inquieto, enquanto não repousar em Deus”.
Concluo com as
palavras de São Paulo: “Estejam sempre alegres. Rezem sem cessar. Deem graças
por tudo. Porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” (I Ts 5,
17-18)! Rezar faz muito bem! Vamos fazer esta experiência diariamente?
Padre Narcizo
Pires Franco
Capelão da Sol de
Deus
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