19 de junho de 2012

O amor que o Santo Anjo nos tem

"Surge, com frequência uma dúvida a respeito do Anjo da Guarda: será ele verdadeiramente , nosso companheiro inseparável? Certos motivos, determinadas circunstancias conseguirão separá-lo de nós? São Basílio parece inclinar-se para a afirmativa. Conforme o grande Doutor, o pecado carnal é que provocaria o afastamento do Anjo da Guarda.
    "Assim como o fumo afugenta as abelhas e do mesmo modo que um mau cheiro repele as pombas, assim também o pecado lastimoso e fétido ( o da sensualidade) afasta o Anjo da nossa vida."
    Na minha opinião, porém, creio que não devemos tomar à letra esta frase de São Basílio; apresenta-se assim com certo ar de paradoxo ao apontar por um lado, a gravidade de tal pecado e, por outro lado, o nojo e a ofensa que representa para o puríssimo Anjo da Guarda.
    Se houvermos de interpretar a rigor as palavras de um Deus infinitamente misericordioso, adiando a morte do pecador no intuito de que ele se converta, disposto Ele, Deus, a perdoar "até setenta vezes sete" e a abraça-lo novamente com alegria, se ele se converter. Igualmente nada significaria os méritos de Jesus Cristo e as obras reparadoras dos justos; ser-nos-ia tirada a possibilidade de reabilitação após a primeira falta; ficaria totalmente comprometida e sem remédio a Salvação da humanidade. Já vimos que o homem só por si, nada pode se libertar do mal, nem para praticar o bem; em ambos os casos, precisa de alguém que o ampare: esse alguém é o Anjo da Guarda."
Fonte: "Esta é a hora dos Anjos"
Giovanni P. Siena

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