Na Quinta-feira
Santa e na Solenidade de Corpus Christi (Corpo e Sangue de Cristo), a Igreja
nos convida a tomar consciência da grandeza da EUCARISTIA para que possamos
valorizá-la sempre mais no dia-a-dia da nossa vida.
Cristo nos
amou tanto e continua nos amando de tal modo que “inventou” diversas maneiras
para permanecer sempre conosco. Antes de voltar para a casa do Pai, Ele nos fez
uma promessa: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”. De
fato, podemos encontrá-lo nas mais diversas circunstâncias escolhidas por Ele:
Nos mais necessitados (Mt 25, 31-46), nos Sacramentos, nas Sagradas Escrituras,
na Comunidade, em nossas Celebrações.
Através dos
Sacramentos Deus nos comunica Graças especiais, para que possamos crescer em Santidade,
como também, para que possamos cumprir bem a missão que Ele nos confiou.
Através da Eucaristia recebemos o próprio “Autor da Graça”, que é Jesus Cristo,
o “verdadeiro Pão” que desceu do céu (Jo 6,51).
O maior
presente que Jesus Cristo deixou para nós foi a sua própria presença em forma
de alimento. Nada no mundo é mais grandioso do que este verdadeiro milagre que
acontece todos os dias em nossas celebrações eucarísticas.
No Evangelho
de São João (Jo 15, 4) Jesus nos faz um apelo: “Permanecei em mim e Eu
permanecerei em vós”. Ele deseja estar sempre conosco, mas espera que tomemos a
iniciativa, Ele respeita a nossa liberdade. A participação nossa na Eucaristia
é uma das maneiras mais privilegiadas do encontro com o Senhor. Será que
estamos dando a Ela o devido valor? Procuramos nos comprometer mais com Jesus
Cristo e com a construção do seu Reino em nosso meio, na família, escola,
trabalho, sociedade, etc.?
Lembremos
sempre que o mesmo Cristo que disse: “Tomai e comei Isto é o Meu Corpo”, “Este
é o Cálice do Meu Sangue”, também afirmou: “Eu estava com fome e me destes de
comer, com sede e me destes de beber, nu e me vestistes, na prisão e me
visitastes, doente e cuidastes de mim, estrangeiro e me recebestes em casa... Todas
as vezes que fizestes isso a um dos menores dos meus irmãos, foi a mim que o
fizestes”.
Em outras
palavras, a Eucaristia que celebramos e recebemos supõe e exige uma vida de fraternidade e solidariedade. Jamais
podemos comungar dignamente, vivendo no individualismo a na indiferença aos
mais necessitados. Quanto mais colocarmos em prática o mandamento do Amor, mais
dignamente iremos receber a Santa Comunhão.
Na Eucaristia
aprendemos que a nossa vida é para ser doada
e não poupada, porque a Eucaristia é memória permanente da morte de Jesus como
dom de vida para todos: “Isto é o meu corpo, que será entregue por vós. Este é o cálice do meu sangue, que será derramado por vós. Fazei isto em
memória de mim”. Isto é, Cristo quer que repitamos, no dia-a-dia da nossa
existência, o seu mesmo gesto de amor, de entrega, de serviço e doação aos
irmãos, que sejamos homens e mulheres para os outros.
Termino com as
belíssimas palavras do Beato João Paulo II: “A Eucaristia é um tesouro
inestimável: Não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora
da missa permite-nos beber na própria fonte da graça. Uma comunidade cristã que
queira contemplar melhor o rosto de Cristo, não pode deixar de desenvolver este
aspecto do culto eucarístico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da
comunhão do corpo e sangue do Senhor”. “É bom demorar-se com Ele e, inclinado
sobre o seu peito como o discípulo predileto (cf. Jo 13,25), deixar-se tocar
pelo amor infinito do seu coração. Se atualmente o cristianismo se deve
caracterizar sobretudo pela “arte da oração”, como não sentir de novo a
necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiritual, adoração
silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo
Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência,
recebendo dela força, consolação, apoio!” (Ecclesia De Eucharistia, nº 25).
Pe. Narcizo Pires
Franco
Capelão da Comunidade
Sol de Deus
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