A Palavra de
Deus nos fala do fim dos tempos. Um dia Jesus virá pela segunda vez para julgar
vivos e mortos. Ninguém saberá quando será o dia e nem a hora. Esta incerteza
nos convida a estarmos sempre preparados, a sermos vigilantes.
Maria, em
nossa caminhada, é uma luz que ilumina a nossa vida cristã. Ela nos ensina a
sermos vigilantes, procurando colocar em prática o duplo mandamento do amor,
que é a expressão maior da vontade de Deus, a síntese das Sagradas Escrituras.
Certo dia, um
mestre da Lei perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua
alma e de todo o teu entendimento”. Isto é, devemos amar a Deus plenamente e em
todos os momentos de nossa vida. E sem que o mestre da Lei perguntasse, Ele
acrescentou logo: “O segundo é semelhante a esse: amarás ao teu próximo como a
ti mesmo. Toda Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”.
Maria é uma
luz em nossa caminhada, porque mais do que ninguém soube colocar em prática o
duplo mandamento do amor. Ela é chamada pelo Anjo Gabriel a Cheia de Graça,
como se esse fosse o seu verdadeiro nome. Isto é, alguém cheia de Deus,
envolvida pela presença do Deus vivo. Alguém que amava a Deus profundamente. E,
porque amava a Deus em profundidade, amava concretamente ao próximo. Era
sensível e atenta às necessidades do outro. Podemos comprovar isso, pelo menos,
em quatro momentos de sua vida; lembrando que nem tudo que Maria realizou foi
registrado pelos evangelistas:
·
Na visita à Isabel;
·
Na intervenção nas Boda de Caná;
·
Na solidariedade a Jesus, junto à Cruz;
·
Antes de Pentecostes, quando acompanha os
Apóstolos, sendo perseverante com eles na oração.
Por que Maria
era tão sensível às necessidades do próximo? Porque, antes de tudo, amava a
Deus acima de todas as coisas e em todos os momentos de sua vida. Era toda de
Deus e muito humana, e muito humana porque toda de Deus. Assim o “termômetro”
para constarmos se estamos amando ou não a Deus, é a nossa sensibilidade e
atenção às necessidades do irmão. O contrário também é verdadeiro, isto é,
quando diante dos problemas e sofrimentos das pessoas somos indiferentes é
sinal de que amamos a Deus muito pouco ou até é provável que não O amamos como
deveríamos amá-Lo.
Não existe no
cristianismo nada mais importante do que amar. Foi só isso que Jesus Cristo
pediu de nós: “Este é o meu mandamento: Amai uns aos outros como Eu vos amei!” Seremos
julgados pela prática ou não deste mandamento (conf. Mt 25, 31-46).
Peçamos à
Maria que venha caminhar sempre conosco para nos ensinar a colocar em prática o
duplo mandamento do amor, para que, à sua semelhança, sejamos luz na caminhada
de nossos irmãos e irmãs, para participarmos eternamente com ela das alegrias
do céu.
Pe Narcizo Pires Franco
Capelão da Comunidade
Pe Narcizo Pires Franco
Capelão da Comunidade
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