
Na solidão
do seu quarto, a Alexandrina tornou-se o Anjo consolador de JESUS, presente em
todos os Tabernáculos do mundo e, ao mesmo tempo, hóstia na HÓSTIA Divina, será
com JESUS a vítima imolada para a salvação das almas.
Com
efeito, a Alexandrina viveu misticamente, no corpo e no espírito, a Paixão de JESUS,
desde a Agonia do Getsémani até à Crucifixão no Calvário, em reparação dos
ultrajes, sacrilégios e profanações da EUCARISTIA.
Os
Tabernáculos e os pecadores são a missão que JESUS lhe confia em1934 e que nos
é entregue nas inúmeras e belíssimas páginas do seu diário.
JESUS lhe
dizia: “Seja bem pregada e propagada a
devoção aos Sacrários, porque passam-se dias e dias que não Me visitam, não Me
amam, não Me desagravam. Não crêem que Eu habito lá... Quero que se acenda nas almas a devoção para com estas prisões de Amor...
São tantos aqueles que, embora entrando
nas igrejas, nem sequer Me saúdam e não param um momento a adorar-Me... Eu queria muitos guardas fiéis, prostrados
diante dos Sacrários, para impedirem tantos e tantos crimes”.
Durante os últimos 13
anos de sua vida, Alexandrina alimentou-se apenas da EUCARISTIA.
“Faço que tu vivas só de Mim – confia-lhe
Jesus – para provar ao mundo o que vale a
Eucaristia e o que é a minha vida nas almas: luz e salvação para a humanidade”.
Poucos
meses antes dela morrer, Nossa Senhora disse-lhe: “Fala às almas! Fala-lhes da EUCARISTIA! Fala-lhes do Rosário! Que se
alimentem da Carne do Corpo de CRISTO e do alimento da oração: do meu Rosário,
todos os dias”.
Em 1935 foi
mensageira de JESUS para a Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria,
solenemente efetuada por Pio XII em 1942. Entre as
paredes do seu quarto, Alexandrina recebeu multidões de pessoas que acolheu
sempre sorrindo, não obstante os indizíveis e contínuos sofrimentos no corpo e
no espírito. O seu sorriso, tomado transparência do Céu, irradiação da Vida
Divina, comovia os corações das multidões que saíam daquele quarto, levando
consigo a marca da mudança. A 13 de Outubro de 1955, deu-se a
passagem da Alexandrina da vida na terra à do Céu. A 25 de Abril
de 2004, a Igreja proclamou-a Beata para a glória de DEUS e o júbilo de
todos os seus filhos.
Eis uma
oração de autoria da Beata Alexandrina Balazar, para JESUS nos Sacrários:
Ó meu
JESUS, eu quero que cada dor que sentir, cada palpitação do meu coração, cada
vez que respirar, cada segundo das horas que passar, sejam Atos de amor para
os vossos Sacrários.
Eu quero
que cada movimento dos meus pés, das minhas mãos, dos meus lábios, da minha
língua, cada vez que abrir os meus olhos ou os fechar, cada lágrima, cada
sorriso, cada alegria, cada tristeza, cada atribulação, cada distração,
contrariedades ou desgostos, sejam Atos de amor para os vossos Sacrários.
Eu quero
que cada letra das orações que reze, ou ouça rezar, cada palavra que pronuncie
ou ouça pronunciar, que leia ou ouça ler, que escreva ou veja escrever, que
cante ou ouça cantar, sejam Atos de amor para com os vossos Sacrários.
Eu quero
que cada beijinho que Vos der nas vossas santas imagens ou da vossa e minha
querida Mãezinha, nos vossos santos ou santas, sejam Atos de amor para os
vossos Sacrários.
Ó JESUS,
eu quero que cada gotinha de chuva que cai do céu para a terra, toda a água que
o mundo encerra, oferecida às gotas, todas as areias do mar e tudo o que o mar
contém, sejam Atos de amor para os vossos Sacrários.
Eu Vos
ofereço as folhas das árvores, todos os frutos que elas possam ter, as
florzinhas oferecidas pétala por pétala, todos os grãozinhos de sementes e
cereais que possa haver no mundo, e tudo o que contêm os jardins, campos,
prados e montes, ofereço tudo como Atos de amor para os vossos Sacrários.
Ó JESUS,
eu Vos ofereço as penas das avezinhas, o gorjeio das mesmas, os pêlos e as
vozes de todos os animais, como Atos de amor para os vossos Sacrários.
Ó JESUS,
eu Vos ofereço o dia e a noite, o calor e o frio, o vento, a neve, a lua, o
luar, o sol, a escuridão, as estrelas do firmamento, o meu dormir, o meu
sonhar, como Atos de amor para os vossos Sacrários.
Ó JESUS,
eu Vos ofereço tudo o que o mundo encerra, todas as grandezas, riquezas e
tesouros do mundo, tudo quanto se passar em mim, tudo quanto tenho costume de
oferecer-Vos, tudo quanto se possa imaginar, como Atos de amor para os
vossos Sacrários.
Ó JESUS, aceitai o Céu, a terra, o mar, tudo, tudo quanto neles se
encerra, como se esse tudo fosse meu e de tudo pudesse dispor e oferecer-Vos
como Atos de amor para os vossos Sacrários.
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