Joe Robins era um homem que tinha
tudo o que muitos gostariam de ter: uma família maravilhosa.
Sua esposa, Margarett, lhe amava
muito. Era muito dedicada: ótima esposa e mãe. Além disso, ele tinha dois
filhos sadios e inteligentes: Frederick e Elizabeth. Só havia uma coisa em sua
esposa que lhe desagradava: tudo o que ela fazia tinha que ter DEUS no meio.
Robins dizia não acreditar em DEUS,
na verdade, tinha raiva de DEUS – mesmo sem saber o porquê; e achava qualquer
coisa relacionada à religião uma perda de tempo.
Todas as noites, às oito horas em
ponto, Margarett reunia os filhos para ler a Bíblia e rezar o terço. Robins
irritado, saía de perto, ligava a televisão, ou ía beber.
Certa vez, ele resolveu ir com sua
família para a fazenda, descansar. Ao chegar, pegou seu filho Frederick e foi
para o campo.
_ “Vamos procurar o ‘tesouro’ que o rico rei escondeu?”
- disse o pai.
E
os dois foram. Depois de um tempo, cansado de brincar com o filho, Robins
sentou-se à sombra de uma árvore e começou a considerar a tragetória de sua
vida: lembrou-se de sua infância, de sua família, e do grande império de
riquezas que possuía hoje: casas, carros, cavalos, possibilidade de viagens...
tinha todas as coisas que sempre desejou ter desde criança.
Ele havia conseguido todos esses
bens, mas... em algum momento de sua vida, ele havia perdido um, apenas um...
mas que fazia mais falta do que todos os outros que ele havia ganhado – a
felicidade.
Sua vida parecia não ter sentido! Na
verdade, mesmo tendo tudo, e até mesmo uma família maravilhosa, ele não era
feliz. Uma ansiedade em saber o porquê disto cresceu em seu coração, e ele
desabafou:
_ “DEUS, se você existe, me faça entender por que mesmo
não sofrendo fome, frio, tendo dinheiro, saúde e uma família maravilhosa, não
sou feliz!”
Enquanto isso, seu filho – longe de
todas essas preocupações – inocentemente folheava o livro “O mágico de Oz” que
havia acabado de ganhar.
Enquanto considerava isto, seu
filhinho se aproximou e mostrando o livro, disse:
_ “Pai, lê pra mim!”
Robins,
começou a folhear o livro e, mostrando as gravuras, procurou contar com suas
próprias palavras, e da melhor maneira possível, a estória; querendo dar ao
filho uma lição de felicidade e esperança – o que ele mesmo não tinha.
E assim como toda criança, a cada
instante Frederick lhe interrompia com mil porquês.
_ “Pai, por que o ‘Homem de lata’
queria um coração?”
_ “Ora, para poder amar e lembrar-se
dos fatos felizes que sempre ficam guardados no coração!”
_ “Pai, por que o ‘Leão’ queria
coragem?”
_ “Para conseguir realizar seus
sonhos, sendo capaz de fazer boas coisas com a sua própria vontade.”
_ “Pai, por que o ‘Homem de palha’
queria... qual é o nome do negócio que ele queria mesmo?”
_ “Ele queria um cérebro, para poder
ser inteligente como um homem, e não burro como a palha – que nem sabe que existe.”
_ “E a Dorothy? Ela também queria
essas coisas?”
_ “Não, ela já tinha todas essas
coisas. Ela só queria voltar para casa.”
Frederick fixou o olhar nas gravuras
do livro com muita intensidade e afirmou:
_ “Então só ela que vai ser feliz!”
_ “Por quê?” – perguntou o pai
intrigado.
_ “Porque ela é a única que já tem o
que procura!”
Impressionado com a resposta do
filho, Robins fechou o livro.
É claro que este não era o verdadeiro
fim da estória, mas não deixava de ser muito mais real.
Pegou seu filho pelas mãos, e para
disfarçar a emoção disse:
_ “Então, vamos voltar para casa, igual a Dorothy.”
Mas logo, Frederick, soltou de suas
mãos, e foi correndo na frente, feliz, grintando:
_ “Sim! Vamos voltar para casa... nós também já temos o
que procuramos!”
Mais emocionado ainda Joe Robins foi
caminhando lentamente para casa e refletindo. Lembrou-se de ter escutado sua
esposa dizer certa noite para seus filhos que o ser humano é muito mais
importante e feliz do que todos os outros seres, porque é o único que foi
criado à ‘Imagem e Semelhança de DEUS’, e que para jamais perder esta ‘Imagem e
Semelhança’, tinha que buscar sempre a DEUS, através da oração.
Joe, sentou-se novamente na relva e
começou a chorar. Em toda a sua vida, ele jamais havia se preocupado em pensar
em DEUS, nem mesmo em agradecer a DEUS por sua família. Ele nunca tinha
enxergado que desde que nasceu já possuía tudo o que poderia fazê-lo feliz, mas
mesmo assim passou a vida inteira procurando essa felicidade nos bens e
prazeres do mundo, e em ser alguém importante.
Hoje, seu pequeno Frederick tinha-o
feito entender o sentido que buscava para sua vida. Ele não precisava buscar
tantas coisas, pois DEUS já havia lhe dado tudo: a inteligência para poder
reconhecer a existência de DEUS através das coisas mais simples e relacionar-se
com Ele; uma memória para lembrar o quanto DEUS havia feito obras maravilhosas
em sua vida; e uma vontade para poder recomeçar a cada dia.
Ele só precisava voltar para casa...
e ele sabia que ‘essa casa’ significava muito mais do que ‘o lugar’ que ele
morava. Levantando-se depressa, alcançou seu filho, colocou-o nos ombros, e
correndo em direção a casa, gritava:
_ “Sim! Vamos voltar para casa... nós também já temos o
que procuramos!”
Nesta mesma noite, quando Margarett
foi pegar a Bíblia na estante para ler para seus filhos, não a encontrou.
Começou a procurar dentro das gavetas, em baixo dos móveis, em todos os lugares. Quando chegou na sala, surpreendeu-se.
_ “Você está cinco minutos atrasada” – disse Joe.
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